Salve! Este é o início de uma série (muito provavelmente longa) de reportes de aventura, contando as aventuras e (mais recorrentes) desventuras do maior grupo de heróis desbravadores que Tellerian já viu. Antes que os reportes comecem, inicio com a narração de eventos muito anteriores à campanha, consistindo de alguns eventos dos backgrounds do personagem e bases da história.
Os personagens são a elfa ladina Laurana (Julia), o elfo monge Gadeus (Neto), o bárbaro meio orc Ugo (Caio), o feiticeiro meio anjo Kaly (Eddie), a paladina draconato Brianna (Marcela) e o arcanista milenar Rafiki (Arthur).
Pré Narrativa #5 - Os Quarenta Espíritos
Na escuridão anterior à criação dos planos, a Espiral luzia como uma fonte infinita de energia. Um rasgo para outro universo, uma singularidade, um oásis de luz nas profundezas silenciosas deste universo.
Desta magnífica, inexplicável e indescritível massa de energia, surgiram os Três Primordiais. Primeiro Amenti, que jorrou matéria, transformando a energia da Espiral em pó de estrela. Depois Eoth, a Artesã, que forjou os planos, separando os planos superiores e os inferiores, o plano material e os féericos, no meio do Mar Astral. Surgiram estrelas, planetas e - sem que ela desejasse - espíritos caóticos, seres de energia e consciência. Por fim, Voyu, o vigia, surgiu da Espiral, consumindo as sobras de matéria, para que o equilíbrio se mantivesse.
Quando a massa de energia se dissipou, Eles vieram. A Raça de Ouro. Titânicos, viajaram entre os planos, colonizando-os, criando raças, criando plantas, criando e moldando e lapidando mundos e dimensões. Acalmando os espíritos, banindo seres monstruosos para o profundo Abismo e seus planos temíveis.
Ao fim, criaram a Raça de Prata. Os deuses de Tellerian. Guardiões da criação, para que cuidassem de seu trabalho e instruíssem as raças sobre sua origem. Deixaram para estes a Palavra, a língua original, a qual o universo se dobrava. Então adormeceram e em seu sono, foram esquecidos.
Os deuses, no entanto, não cumpriram com a tradição da Raça de Ouro; elevando-se à regentes dos mundos. Muito deste tempo foi esquecido, mas quando a Era da Criação acabou, os deuses se retiraram para um dos planos mais altos do Mar Astral, esperando e temendo que um dia a Raça de Ouro despertasse de seu sono e os punisse por seus crimes.
Em sua pressa ao deixar Tellerian, no entanto, enfureceram alguns dos espíritos que a Raça de Ouro levara tanto tempo para acalmar. No meio do fúria destas criaturas, um homem se ergueu para trazer a paz. Não um elfo, não um dragão, não um anão. Um homem. Um dos altos homens das terras nortenhas. "Ordo ab chao." disse ele, antes de convocar o poder da Palavra, que os deuses deixaram registrada em seus antigos palácios.
Com suas espada e cetro na mão, o homem submeteu cada um dos quarenta espíritos que habitavam o plano material, prendendo-os em cartas para que não mais aterrorizassem Tellerian.
Por fim, o mago pôs as cartas numa caixa, trancando-a para que apenas outro mortal como ele pudesse abrir e ao fazê-lo, cansado e envelhecido por todo o esforço, olhou para o além e prometeu:
- Vós, que se proclamam deuses, sois mentirosos. Vós, que nos abandonaram, hão de padecer de justiça e na falta desta, de vingança. Não importa que alguns nos estendam mãos para ajudar, bem sei que são no fundo egoístas. Suas intrigas e suas guerras nos levaram à miséria, nos trazendo dor. Muitos esquecerão, mas um dia haverão de acordar aqueles que vós nos fizeram esquecer.
Desta magnífica, inexplicável e indescritível massa de energia, surgiram os Três Primordiais. Primeiro Amenti, que jorrou matéria, transformando a energia da Espiral em pó de estrela. Depois Eoth, a Artesã, que forjou os planos, separando os planos superiores e os inferiores, o plano material e os féericos, no meio do Mar Astral. Surgiram estrelas, planetas e - sem que ela desejasse - espíritos caóticos, seres de energia e consciência. Por fim, Voyu, o vigia, surgiu da Espiral, consumindo as sobras de matéria, para que o equilíbrio se mantivesse.
Quando a massa de energia se dissipou, Eles vieram. A Raça de Ouro. Titânicos, viajaram entre os planos, colonizando-os, criando raças, criando plantas, criando e moldando e lapidando mundos e dimensões. Acalmando os espíritos, banindo seres monstruosos para o profundo Abismo e seus planos temíveis.
Ao fim, criaram a Raça de Prata. Os deuses de Tellerian. Guardiões da criação, para que cuidassem de seu trabalho e instruíssem as raças sobre sua origem. Deixaram para estes a Palavra, a língua original, a qual o universo se dobrava. Então adormeceram e em seu sono, foram esquecidos.
Os deuses, no entanto, não cumpriram com a tradição da Raça de Ouro; elevando-se à regentes dos mundos. Muito deste tempo foi esquecido, mas quando a Era da Criação acabou, os deuses se retiraram para um dos planos mais altos do Mar Astral, esperando e temendo que um dia a Raça de Ouro despertasse de seu sono e os punisse por seus crimes.
Em sua pressa ao deixar Tellerian, no entanto, enfureceram alguns dos espíritos que a Raça de Ouro levara tanto tempo para acalmar. No meio do fúria destas criaturas, um homem se ergueu para trazer a paz. Não um elfo, não um dragão, não um anão. Um homem. Um dos altos homens das terras nortenhas. "Ordo ab chao." disse ele, antes de convocar o poder da Palavra, que os deuses deixaram registrada em seus antigos palácios.
Com suas espada e cetro na mão, o homem submeteu cada um dos quarenta espíritos que habitavam o plano material, prendendo-os em cartas para que não mais aterrorizassem Tellerian.
Por fim, o mago pôs as cartas numa caixa, trancando-a para que apenas outro mortal como ele pudesse abrir e ao fazê-lo, cansado e envelhecido por todo o esforço, olhou para o além e prometeu:
- Vós, que se proclamam deuses, sois mentirosos. Vós, que nos abandonaram, hão de padecer de justiça e na falta desta, de vingança. Não importa que alguns nos estendam mãos para ajudar, bem sei que são no fundo egoístas. Suas intrigas e suas guerras nos levaram à miséria, nos trazendo dor. Muitos esquecerão, mas um dia haverão de acordar aqueles que vós nos fizeram esquecer.
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