Salve! Este é o segundo resumo das sessões de campanha mais antigas, contando as
aventuras e (mais recorrentes) desventuras do maior grupo de heróis
desbravadores que Tellerian já viu. Embora eu estivesse achando que seriam apenas três resumos gigantescos, percebi que prefiro posts menores, para que fique bem pontuados os momentos de cada sessão. Assim fica mais fácil de lembrar o que aconteceu e a leitura não fica muito pesada.
Os personagens são a elfa ladina Laurana (Julia), a senhorita discórdia, que sempre pensa em si mesma antes de qualquer coisa; o elfo monge Gadeus (Neto), o mais comedido do grupo, com a pior mão de todos (haja falha crítica); o bárbaro meio orc Ugo (Caio), que apesar de ser o louco do grupo, algumas vezes põe os óculos da sabedoria e vira o conselheiro; o feiticeiro meio anjo Kaly (Eddie), que tem um código dos heróis, mas sempre acha brecha pra fazer coisas erradas (os Deuses estão vendo); a paladina draconato Brianna (Marcela), que definitivamente deixaria você morrer só pra dar mais uma machadada no inimigo; e o arcanista milenar Rafiki (Arthur), também conhecido por sua arte de tortura física e psicológica (você ainda tem dezoito dedos...).
Na primeira sessão, vemos as primeiras escaramuças de três personagens (Ugo, Gadeus e Laurana) com a elfa que levou Gadeus a matar o próprio amigo. Numa aliança temporária, os três se unem para caçar e eliminar a bruxa. Assim, seguindo a trilha deixada por sua carruagem sem cavalos, os companheiros adentram na terra seca que antecede o deserto.
Capítulo 2: A Joia dos Mistérios
Em sua caçada à elfa bruxa, Azira, os três companheiros adentram no deserto. O esforço de subir e descer dunas logo leva ambos os elfos à exaustão e, pouco a pouco, a água que traziam se esvai. Ao longe, Laurana avista o reflexo esperançoso de um oásis, para o qual se dirigem imediatamente.
Kaly, o meio anjo, enviado em busca das Cartas de Eriol, é direcionado pela aura mágica do artefato, caindo no deserto. A caixa que Laurana encontrara, não sabia ela, continha as quarenta cartas que o anjo procurava. A emanação da Graça do meio anjo caído criou um pequeno bosque no meio do deserto, produzindo água onde antes apenas areia havia.
Os três viajantes tão logo chegaram ao oásis, encontraram o meio anjo, que tomara a forma de um menino. Anoitecia, e não tiveram outra escolha além de montar acampamento ali mesmo. À proximidade do pequeno, a caixa que Laurana trazia na bolsa reagiu, brilhando e revelando um enigma em uma de suas faces. Kaly, evitando contar sua origem extraplanar, explicou o que a caixa continha, tentando convencer a elfa de que era por demais perigosa para ser aberta.
Laurana, no entanto, apenas se interessou ainda mais pelo objeto, recusando-se a ouvir o garoto. Para que sua missão não fracassasse, Kaly sugeriu que o levassem consigo, demonstrando ser útil ao curar os ferimentos que Azira infligira à Gadeus e Ugo. Restaurados, os dois combatentes logo se puseram a favor da companhia do estranho garoto.
Pela manhã, puseram-se à caminho. A trilha deixada pela carruagem de Azira desaparecera, mas por algum motivo, o pequeno rapaz conseguia enxergar o rastro mágico deixado por ela. Ainda mais satisfeitos por acolher o garoto, Gadeus e Ugo deixaram que Kaly os guiasse, caminhando durante todo o dia. O crepúsculo chegou e com ele os problemas. Ambos os elfos viam, na penumbra, seres se aproximando por todos os lados. No escuro, puseram-se a fugir, procurando um lugar onde pudessem lutar com a vantagem. Ambos os elfos, exaustos, já não conseguiam mais dar um passo e Ugo, numa demonstração de força sobrehumana (e uma ajuda muito grande dos dados) colocou ambos os elfos sobre os ombros, subindo toda uma duna a carregá-los.
Do alto, viram um vale iluminado pela luz do fogo. Um guerreiro imenso lutava sozinho contra meia dúzia destas criaturas inumanas. Com uma tocha numa das mãos e um machado na outra, o combatente lançava ataques de um lado e de outro, recuando cada vez mais.
Ugo soltou os elfos, sacando os machados. Se era assim, ele lutaria também. Numa corrida desenfreada e ensandecida, o meio orc desceu a duna, se juntando ao guerreiro desconhecido no combate aos mortos vivos que o cercavam. Sem opção, os outros companheiros se juntaram ao embate, mas estavam em desvantagem numérica. Ao longe, Laurana avistou um tabuleiro de pedra, uma elevação sobre a qual teriam uma chance de vitória.
- Gadeus! - gritou ela, apontando para a ilha.
O elfo assentiu e, juntos, tentaram abrir caminho para correr até o local, mas estavam sendo subjugados. Em mais uma demonstração de poder, Kaly ergueu as mãos, convocando uma magia de esconjuro: a luz forte transformou a noite em dia por alguns segundos e uma dúzia de mortos vivos inflamaram, queimando com um fogo branco. A devastação causada pelo garoto anjo foi o suficiente para que tomassem a dianteira, subindo o íngreme planalto. Estranhamente, as criaturas - que já somavam duas dezenas - pararam de persegui-los tão logo os aventureiros subiram no planalto. Sem chance contra tantos, recuaram, avistando uma caverna.
O guerreiro desconhecido era um draconato. Uma guerreira das tribos de draconatos escuros, Brianna. Após apresentações apressadas, o grupo cautelosamente entrou na caverna, procurando por uma saída que os levasse para longe daquela horda de mortos vivos.
A caverna, escura, logo passou a ser iluminada por uma luz verde que tremulava, como o reflexo do sol num lago. A iluminação fantasmagórica lhes deixou temerosos, mas - de armas em punho - ingressaram na vasta câmara de onde se originava o brilho. Estavam numa espécie de laboratório. Estantes e mesas cheias de páginas e pergaminhos estavam dispostas desordenadamente. Vidrarias de alquimista, caldeirões e peças metálicas estranhas estavam jogadas por todos os lugares. Um homem velho e calvo estava a preparar uma solução escura, sem nem mesmo dar-lhes qualquer atenção.
O brilho verde vinha de um orbe. Uma imensa gema esférica que brilhava, pulsando como se estivesse viva. Dentro dela, sombras e vultos deslizavam como fantasmas, sussurrando coisas indistinguíveis.
Os companheiros se espalharam pela sala, observando o local. Brianna se aproximou do velho, percebendo que ele tinha um olhar vazio e a expressão vaga de quem está em coma. Apesar disto, ele continuava a trabalhar, como se estivesse sonhando.
Gadeus se aproximou da jóia, examinando-a com interesse. Enquanto isso, Laurana havia paralisado, sem que ninguém se desse conta. Numa voz grave e ressonante, primeiro baixa como um sussurro, até reverberar nas paredes da caverna, o orbe falou:
- Trazem consigo um poder imensurável. Hão de atormentar os fracos com este poder. Irão submeter os inimigos. Perder os aliados. Ao fim, ordem emergirá do caos. Verdade, do esquecimento. Vida, a partir da morte. Irão destruir... Para então aprimorar.
Muitas visões se passaram nas mentes de cada um. Laurana piscou repetidamente para retomar o controle de si mesma. Os companheiros olhavam uns para os outros, sem entender o que havia acontecido, tendo a sensação de que muito tempo se passara naquele sonho acordado.. Gadeus se viu com a mão apertada contra o orbe e logo recuou. A bolsa da elfa emanava luz, pois novamente a caixa reagia ao ambiente.
Brianna, na curiosidade embrutecida de sua raça, tentou parar o velho, chegando a empurrá-lo, para que saísse do feitiço em que estava, isso - no entanto - enfureceu o orbe. A fúria da joia misteriosa fez tremer a caverna, derrubando estalactites. O poder devastador do orbe lançou pergaminhos, mesas e outros objetos ao ar, ferindo todos na sala. Aos berros, a companhia fugiu da caverna antes que fossem soterrados.
O sol se erguera e a horda se dispersara. Estavam a salvo, por hora.
Considerações: Esse resumo juntou alguns dos acontecimentos da segunda sessão de jogo (tenho certeza que esqueci de alguma coisa, mas não me julguem - faz tempo pra caramba). Mudei alguns acontecimentos, para que as coisas fizessem um pouco mais de sentido e ficassem melhor no texto, mas acho que não foi nada absurdo. Com isso, se juntam ao grupo mais dois jogadores e fica faltando apenas dois: Arthur e Luis, esse ultimo que só entrou lá na frente.
Desventuras à parte, não houve nenhum desenrolar muito grande de história, mas isso é comum, já que o jogo é sandbox e quem decide o rumo da história são os jogadores. Esses carinhas de nível baixo passam por cada aperto... Sem dinheiro para mantimentos, vão ter de ralar pra conseguir dinheiro, passando perto de morrer várias (e são várias mesmo) vezes.
Com isso, alguns dos ganchos de aventura são lançados, com o grupo descobrindo a importância da caixa que Laurana havia encontrado. As Cartas de Eriol, que vão ter um peso muito grande no futuro. Enfim, é isso aí.
Até a próxima.
Kaly, o meio anjo, enviado em busca das Cartas de Eriol, é direcionado pela aura mágica do artefato, caindo no deserto. A caixa que Laurana encontrara, não sabia ela, continha as quarenta cartas que o anjo procurava. A emanação da Graça do meio anjo caído criou um pequeno bosque no meio do deserto, produzindo água onde antes apenas areia havia.
Os três viajantes tão logo chegaram ao oásis, encontraram o meio anjo, que tomara a forma de um menino. Anoitecia, e não tiveram outra escolha além de montar acampamento ali mesmo. À proximidade do pequeno, a caixa que Laurana trazia na bolsa reagiu, brilhando e revelando um enigma em uma de suas faces. Kaly, evitando contar sua origem extraplanar, explicou o que a caixa continha, tentando convencer a elfa de que era por demais perigosa para ser aberta.
Laurana, no entanto, apenas se interessou ainda mais pelo objeto, recusando-se a ouvir o garoto. Para que sua missão não fracassasse, Kaly sugeriu que o levassem consigo, demonstrando ser útil ao curar os ferimentos que Azira infligira à Gadeus e Ugo. Restaurados, os dois combatentes logo se puseram a favor da companhia do estranho garoto.
Pela manhã, puseram-se à caminho. A trilha deixada pela carruagem de Azira desaparecera, mas por algum motivo, o pequeno rapaz conseguia enxergar o rastro mágico deixado por ela. Ainda mais satisfeitos por acolher o garoto, Gadeus e Ugo deixaram que Kaly os guiasse, caminhando durante todo o dia. O crepúsculo chegou e com ele os problemas. Ambos os elfos viam, na penumbra, seres se aproximando por todos os lados. No escuro, puseram-se a fugir, procurando um lugar onde pudessem lutar com a vantagem. Ambos os elfos, exaustos, já não conseguiam mais dar um passo e Ugo, numa demonstração de força sobrehumana (e uma ajuda muito grande dos dados) colocou ambos os elfos sobre os ombros, subindo toda uma duna a carregá-los.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOKsgCg96YTp47G7o5yU9-xgbi_prh_Ehi9yswDu27OYOFEy_2-RcwJdgsYk-mZt4GCR1_q73Qdb1TVSzM41CrAgoN5PHnEAzErXSeJBDOZiKmozfH2iOUIwMGPHZIrWouzhkokHWK3pc/s1600/Undead.jpg)
Ugo soltou os elfos, sacando os machados. Se era assim, ele lutaria também. Numa corrida desenfreada e ensandecida, o meio orc desceu a duna, se juntando ao guerreiro desconhecido no combate aos mortos vivos que o cercavam. Sem opção, os outros companheiros se juntaram ao embate, mas estavam em desvantagem numérica. Ao longe, Laurana avistou um tabuleiro de pedra, uma elevação sobre a qual teriam uma chance de vitória.
- Gadeus! - gritou ela, apontando para a ilha.
O elfo assentiu e, juntos, tentaram abrir caminho para correr até o local, mas estavam sendo subjugados. Em mais uma demonstração de poder, Kaly ergueu as mãos, convocando uma magia de esconjuro: a luz forte transformou a noite em dia por alguns segundos e uma dúzia de mortos vivos inflamaram, queimando com um fogo branco. A devastação causada pelo garoto anjo foi o suficiente para que tomassem a dianteira, subindo o íngreme planalto. Estranhamente, as criaturas - que já somavam duas dezenas - pararam de persegui-los tão logo os aventureiros subiram no planalto. Sem chance contra tantos, recuaram, avistando uma caverna.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_uAzXzrokmL6kGuv72wPSm1h20csWwroSu7fasmo06HUbgJSLqu-TNUfjdX-qdnkYuP_SELAWtZrPhhltVgZC2pGr8K1-lzqlMeGc65R3imUrT2H7QPHghK2C47NC2BQ0raKJ1OweQ6g/s1600/Draconato.jpg)
O guerreiro desconhecido era um draconato. Uma guerreira das tribos de draconatos escuros, Brianna. Após apresentações apressadas, o grupo cautelosamente entrou na caverna, procurando por uma saída que os levasse para longe daquela horda de mortos vivos.
A caverna, escura, logo passou a ser iluminada por uma luz verde que tremulava, como o reflexo do sol num lago. A iluminação fantasmagórica lhes deixou temerosos, mas - de armas em punho - ingressaram na vasta câmara de onde se originava o brilho. Estavam numa espécie de laboratório. Estantes e mesas cheias de páginas e pergaminhos estavam dispostas desordenadamente. Vidrarias de alquimista, caldeirões e peças metálicas estranhas estavam jogadas por todos os lugares. Um homem velho e calvo estava a preparar uma solução escura, sem nem mesmo dar-lhes qualquer atenção.
O brilho verde vinha de um orbe. Uma imensa gema esférica que brilhava, pulsando como se estivesse viva. Dentro dela, sombras e vultos deslizavam como fantasmas, sussurrando coisas indistinguíveis.
Os companheiros se espalharam pela sala, observando o local. Brianna se aproximou do velho, percebendo que ele tinha um olhar vazio e a expressão vaga de quem está em coma. Apesar disto, ele continuava a trabalhar, como se estivesse sonhando.
Gadeus se aproximou da jóia, examinando-a com interesse. Enquanto isso, Laurana havia paralisado, sem que ninguém se desse conta. Numa voz grave e ressonante, primeiro baixa como um sussurro, até reverberar nas paredes da caverna, o orbe falou:
- Trazem consigo um poder imensurável. Hão de atormentar os fracos com este poder. Irão submeter os inimigos. Perder os aliados. Ao fim, ordem emergirá do caos. Verdade, do esquecimento. Vida, a partir da morte. Irão destruir... Para então aprimorar.
Muitas visões se passaram nas mentes de cada um. Laurana piscou repetidamente para retomar o controle de si mesma. Os companheiros olhavam uns para os outros, sem entender o que havia acontecido, tendo a sensação de que muito tempo se passara naquele sonho acordado.. Gadeus se viu com a mão apertada contra o orbe e logo recuou. A bolsa da elfa emanava luz, pois novamente a caixa reagia ao ambiente.
Brianna, na curiosidade embrutecida de sua raça, tentou parar o velho, chegando a empurrá-lo, para que saísse do feitiço em que estava, isso - no entanto - enfureceu o orbe. A fúria da joia misteriosa fez tremer a caverna, derrubando estalactites. O poder devastador do orbe lançou pergaminhos, mesas e outros objetos ao ar, ferindo todos na sala. Aos berros, a companhia fugiu da caverna antes que fossem soterrados.
O sol se erguera e a horda se dispersara. Estavam a salvo, por hora.
Considerações: Esse resumo juntou alguns dos acontecimentos da segunda sessão de jogo (tenho certeza que esqueci de alguma coisa, mas não me julguem - faz tempo pra caramba). Mudei alguns acontecimentos, para que as coisas fizessem um pouco mais de sentido e ficassem melhor no texto, mas acho que não foi nada absurdo. Com isso, se juntam ao grupo mais dois jogadores e fica faltando apenas dois: Arthur e Luis, esse ultimo que só entrou lá na frente.
Desventuras à parte, não houve nenhum desenrolar muito grande de história, mas isso é comum, já que o jogo é sandbox e quem decide o rumo da história são os jogadores. Esses carinhas de nível baixo passam por cada aperto... Sem dinheiro para mantimentos, vão ter de ralar pra conseguir dinheiro, passando perto de morrer várias (e são várias mesmo) vezes.
Com isso, alguns dos ganchos de aventura são lançados, com o grupo descobrindo a importância da caixa que Laurana havia encontrado. As Cartas de Eriol, que vão ter um peso muito grande no futuro. Enfim, é isso aí.
Até a próxima.
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